domingo, 31 de julho de 2011

Ready to Tear

Os anos 1960 foram um período marcante na história por muitas razões , as preocupações com a antecipação do futuro  gerava uma pulsante necessidade de novas invenções. No tocante à moda  as apostas foram ambiciosas, Mary Quant inventou a mini-saia e a Scott Paper Company criou a roupa  de papel.

  Nunca tinha ouvido falar em roupas de papel até ler uma matéria sobre o Fashion History Museum e sua exposição itinerante chamada Ready to Tear: Paper Fashions of the 1960s que apresenta uma coleção de vestidos de papel e comercializam uma publicação de homônima.


A roupa de papel teve seu apogeu entre1966-1968,  e parecia uma alternativa viável no momento em que a vida no espaço era uma idéia corrente. Objetos descartáveis como talheres, isqueiros eram comuns a final como iriam lavar roupa no espaço, gravidade zero essas coisas ...rs
Mas e se chover... a roupa desmantela?? Não,Não os vestidos da Scott, vendidos como "Paper Caper", não eram puramente de papel, eram geralmente compostos de 93% de celulose e  7%  de nylon, ou às vezes feita de "Dura-Weve"que era reforçado com celulose e material chamada Dura Weve, que consistia em 93% de papel guardanapo reforçado com tecido rayon, uma combinação que tornou o material mais durável.
 As Clientes que pagavam US $ 1,25  pelos vestidos de papel e recebiam cupons de outros produtos  Scott  como papel higiênico, papel toalha e guardanapos.
Em junho de 1966  a Mars Manufacturing Company de Asheville, uma empresa de meias e roupa de banho, trouxe uma linha de roupas de papel que nos primeiros três meses vendeu 120.000 vestidos . Já Marte dominou o negócio de roupas de papel para o público em geral, outros vendidos versões mais caras a uma multidão de classe alta. Estes vestidos de luxo não geravam a sensação de guardanapos de papel, como vestidos de Scott, em vez disso eles foram feitos de um papel revestido mais macio.

 Vestidos com estampas selvagens e linhas geométricas representoram um interesse por moda que combinava a arte pop e cultura que surgiram em meados dos anos 1960.Também cumpriu uma necessidade do pós-Depressão ,pós-Primeira Guerra Mundial, a geração se rebelava contra um status quo que valorizava durabilidade.
O Paper Dress  morreu de repente e foi suplantado pelo estilo de vida do 'back-to-nature" hippie "e as preocupações com a poluição e o desperdício.

Vestidos com estampas selvagens e linhas geométricas representoram um interesse por moda que combinava a arte pop e cultura que surgiram em meados dos anos 1960.Também cumpriu uma necessidade do pós-Depressão ,pós-Primeira Guerra Mundial, a geração se rebelava contra um status quo que valorizava durabilidade.

Segundo Jody Clowes, curador da Galeria de Design e sua nova exposição, "Vestidos descartáveis: Jogue- Fora de Design de 1960. ":
  "Essas peças representam um capítulo fascinante na cultura pop americana. Eles refletem a abordagem experimental otimistas das indústrias química, têxtil e de papel em meados do século 20 ", diz Clowes.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Irving Penn:Twelve Beauties, 1947


Em 1947 a revista Vogue e o fotografo super badalado Irving Penn reuniram as modelos mais fotografadas da década.  
Da esquerda para a direita, as modelos são Meg Mundy, Marilyn Ambrose, Helen Bennett, Dana Jenney, Betty McLauchlen (na escada),Fonssagrives Lisa,Lily Carlson, Dorian Leigh (reclináveis), Andrea Johnson, Elizabeth Gibons, Muriel Maxwell (na escada) e Kay Herman.
Todos os vestidos eram de designers americanos como Claire McCardell, Carnegie Hattie, Traina-Norell, Rosenstein Nettie, e Charles James.

domingo, 17 de julho de 2011

História da Moda Ilustrada

Muitos pesquisadores de moda e figurino precisam recorrer a diversos livros,jornais e revistas de época a fim de traçarem um perfil do "guarda-roupa" de cada período histórico. Para facilitar a vida Pauline Weston Thomas desenhou uma espécie de Linha do Tempo da moda para o site fashion-era que disponibiliza essas imagens para colorir e serem usadas em projetos de faculdade ou aulas de história da moda.
Vale a pena conferir.
A seguir a Linha do Tempo Ilustrada que cobre 1910 à 1915.

sábado, 16 de julho de 2011

Ilustração de Moda: Block

"Gesto para mim é tudo na moda É a nossa forma de estar,. sentar, andar e mentira. É no osso. " 
"Nunca fui interessado apenas na roupa, eu estava mais interessado nas mulheres com as roupas." P.Block

 Um dos maiores ilutradores de moda, sem dúvidas , e dono do um traço inconfundível, Paul Block soube se reiventar ao longo da carreira e produziu milhares de trabalhos maravilhosos.
Amo a forma como a roupa ganha movimento em suas ilustrações é como se estivesse contando uma história , interagindo com o observador.
Babe Paley in Mainbocher and Amanda Burden in Sarni, 1960s. 
Era fascinado por movimentos de balé e grande fã da coreógrafa Martha Graham dizia ter se inspirado pelo livro de Cecil Beaton,1954, The Glass of Fashion, uma das raras obras  sobre gestos e postura, e assim suas mulheres ganharam movimentos e poses.
Sketching collections  de YSL para Chanel
  
Ele queria comunicar "a maneira como você usar seu chapéu, a maneira como você saborear o seu chá", não as xícaras ou chapéu, estudou como a perna suporta o peso do corpo, como são os dedos flexionados e estendidos. 
Block acompanhou o passar do tempo e não se permitiu estagnar , experimentou diversas técnicas  passando de carvão vegetal para escova japonesa, acrescentando guache brilhante na década de 1970, quando a ilustração de moda foi retirada de seu auge pela fotografia.
Percebendo que necessitava de uma nova proposta de ilustração passou a desenhar a partir de sua imaginação: " O que o povo se imagina é muito mais divertidao. Dessa forma, você pode escapar do problema da forma ".
Chanel,1968
À esquerda a revista "W"onde foi publicado grande parte de sua obra e
 à direita publicidade da marca Halston.
 
 Também trabalhou junto a grandes marcas e nomes da moda como Norman Norell,Yves Saint Laurent,Pierre Cardin,Coco Chanel,James Galanos,Givenchy,Pauline Trigere,Bill Blass,HalstonEGeoffrey Beene. 
À esquerda Hungaro Dress. Women’s Wear Daily, 1973.
Yves Saint Laurent escreveu no prefácio do livro de Block,"É uma pena hoje, mas existem ilustradores de moda não existe mais. Pois, por mais que eu admire fotógrafos, tenho que admitir que seu trabalho é feito em detrimento do design. Muitas vezes, é o fundo que tem orgulho do lugar. No caso da ilustração, é o oposto. O projeto está bem e verdadeiramente presente, vivo."
Ilustração para a coleção Yves Saint Laurent "Ballets Russes and Russian Cossack",1976 
"
Italian Coats: Ferragamo, Genny, Versace, Krizia, 1990s. 
Fez retratos de personagens de romances de Ronald Firbank, sempre cuidando da estética e movimento aliado a um grande senso de estilo e moda.
Gertrude Stein and Alice B. Toklas, 1980s. 
Em 1992, longe dos jornais e revistas,passou a trabalhar plojas e empresas de Manhattan desenhando acessórios sofisticados. Afirmam alguns especialistas que alguns de seus trabalhos de cor 1990 são ainda  melhores do que  os de sua fase mais famosa.
Em busca da perfeição, uma vez que ele usou o jovem designer ,Steven Meisel, como modelo, tornando-o do sexo feminino com um traço do lápis nas sobrancelhas. Passou a dar aulas no Fashion Institute of Technology ,onde hoje esta seu acervo e mais de 6.000 ilustrações.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

História da Moda: 1920


 Durante a I Guerra Mundial (1914-1918) os homens vão para os campos de batalha e as mulheres, até então aliendas, são as novas responsáveis pelo sustento do lar assumindo um papel mais ativo na sociedade.
Quando os sobreviventes foram para casa e o mundo tentava voltar à normalidade,  porém
 as mulheres se recusam a retornar à inércia,nasce assim uma série de movimentos em prol de sua libertação definitiva e seus direitos.
Buscaram de libertar das retrições do guarda-roupa constrição  pela primeira vez abraçam abertamente estilos mais confortáveis, como calças ,saias e cabelos curtos. Vestidos foram desenvolvidos para atender essa nova demanda bainhas foram cortadas até o joelho, a cintura marcada desapareceu assim como a marcação dos seios a fim de enfatizar a elegância juvenil, esse estilo ficou conhecido como Flapper (melindrosa).
 
Algumas pessoas tem uma visão equivocada sobre o significado do estilo Melindrosa, que é usualmente confundido com vestidos de franjas extremamente curtos usados por dançarinas de Charleston porém se refere às mulheres que mostraram uma atitude ousada e gostavam de jazz acima de sua aparência einfrigiam  às normas da sociedade em geral. 
Flapper (melindrosa) representada mulheres que adoravam saias curtas e gostava de usar  maquiagem carregada, também eram desportivas , usavam cabelo curto. Um olhar juvenil sobre o mundo feminino.
A tendência flapper  é uma combinação de ítens:
 As mulheres se dividiam entre escolher o corte "Bob"(espécie de chanel bem curtinho) ou "Eton" (corte bem mais curto geralmente usado alisado rente a cabeça e tinha um cacho de cada lado do rosto que cobria as orelhas da mulher)  ou apenas jogar seguro e ir com o famoso estilo Finger wave!
À esquerda a showgirl Louise Brooks com o corte "Bob"e à direita Josephine Baker  usando o corte "Eton".
À esquerda a showgirl Louise Brooks com o corte "Bob"e à direita Josephine Baker  usando o corte "Eton".
As mulheres Flappers, muitas vezes, arrematavam o look  com um chapéu de feltro em forma de sino chamado cloche.
Um make up de sucesso consistia em usar pó de arroz para uniformizar e clarear a pele, blush rouge, lápis para olhos bem marcados e lábios bem delineados e o indispensável batom vermelho tornaram-se  extremamente populares .

 No campo da moda as mudanças também foram drásticas. As mulheres abandonam os antigos corsets adotando um estilo de sutiã, mais leve e prático forneceu maior liberdade de movimento e é claro  que ganhou grande popularidade rapidamente.
Também abandonaram os vestidos volumosos com cintura de vespa por modelos mais soltos em linha reta, busto foi suprimido e a silhueta com o peito liso e sem quadris (boyish), era o ideal.Os ombros se tornaram mais amplos e a cintura caiu para o quadril.
Para 'achatar' o busto , as mulheres podiam usar uma espécie de bandagem ou  adotar o Symington Side Lacer, um sutiã que pode ser atado em ambos os lados e puxado para diminuir o peito.
No início da década, as saias ainda eram longas, quase até os tornozelos. A partir de  1924 as  saias tornaram-se mais curtas, chegando a metade da panturrilha, mesmo para usar à noite. As menores saias da década, paravam logo abaixo do joelho e surgiram entre 1926-1927.Outra peça importante foi o casaco wrap-around para mulheres , uma espécie de casaco transpassado  e preso do lado com a ajuda de uma fivela.
Quando falamos em moda anos 1920 a primeira estilista que vem a mente é Coco Chanel, ela foi a responsável pela criação do estilo flapper e pela adoção de peças masculinas no guarda-roupa feminino porém não foi a única de seu período, espero falar sobre outros estilistas bacanas dos anos 1920 em um sabe em um próximo post , por enquanto vamos ficar com uma seleção de peças de diversos estilistas do período.

Revistas de Moda 1920's

 Ainda no embalo dos anos 20, selecionei algumas capas de revistas que apresentam as tendêndias estéticas e de vestuário do período. Amo fotografia mas sou fascinada pelas  ilustrações de moda do início do século passado!!
VOGUE



PHOTOPLAY

HAPER'S BAZAR

THE AMERICAN MAGAZINE